quinta-feira, 14 de junho de 2012
Anos difíceis!
As noticias que se sucedem acerca de actos
irreflectidos, por parte de indivíduos cujas idades se situam entre os treze e
os vinte, levantam duvidas e fomentam debates quanto a quem responsabilizar por
tais ocorrências. Será a sociedade que duma forma geral disponibiliza
demasiados atractivos, perigosos para quem não possui ainda capacidade
intuitiva que permita separar o arrojado do estúpido, o bode expiatório
adequado? Serão os pais que por necessidades profissionais ou só por desleixo,
não acompanham devidamente o crescimento dos seus, entregando-os ao mundo indevidamente
preparados? E se assim for, será que eles enquanto filhos receberam a formação
adequada de forma a ser transmitida condignamente? Serão os professores, que
com os pais dividem a supervisão dos indivíduos, que falham na sua função
orientadora enquanto tutores de imberbes intelectos? A puberdade /
adolescência, é aquela idade em que os estados de espírito atingem um ponto de
quase ebulição, em que a volatilidade de sentimentos é quase impossível de
conter, em que na realidade contida pelos seus horizontes a popularidade é o
mais importante dos atributos e que qualquer peripécia é aceitável tendo em
vista a sua conquista. Tão crua como inevitável, chega a constatação óbvia de
que essa é a faixa etária em que as selecções são feitas, e á qual nem todos
sobrevivem. Crivando, os aptos a aceitar as regras da sociedade assim como os
limites do corpo humano, daqueles cuja irreverência os obriga a que as atitudes
sejam tomadas sem qualquer respeito pelos perigos possíveis, os actos vistos na
altura como exemplo de cobardia são a longo prazo recompensados pela sensatez
demonstrada, ao passo que os arrojados saltos dados rumo á incerta e efémera
glória, são na maioria dos casos coroados com uma eterna existência na memória
dos mais próximos, e um solene esquecimento para os demais.
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