quarta-feira, 13 de junho de 2012

Incompetência de quem decide

É perfeitamente admissível, que um adolescente te diga que lhe é indiferente a pena que um pedófilo recebe por ter violado a vizinha do lado, mas quando um magistrado o afirma, é demasiado grave para passar impune. Claro que nenhum o admite em praça publica, convenhamos que seria o cumulo, mas condenar um animal, que não é capaz de respeitar a inocência a que uma criança tem direito, a ficar na janela de sua casa enquanto a criança é obrigada a arranjar um caminho alternativo para voltar a casa ou a escolher outro passeio para brincar, para evitar ver o animal todos os dias, reflecte isso mesmo. Se em certos casos o risco de reincidência por parte do animal é reduzido, porque os vizinhos, iletrados que não chegaram a juízes, têm uma superior noção de justiça e dar-lhe-iam a merecida retribuição se tal se repetisse, noutras situações as pessoas abstraem-se de intervir para protegerem os seus, mas e a criança? Merece de facto que a infância, defeituosa pela acção criminosa duma mente deformada, se perpetue ao longo da vida, sendo as etapas de crescimento seguintes sobrepostas por uma lembrança, reavivada constantemente? 

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