terça-feira, 26 de junho de 2012
Contestações indevidas vs Passividade desmedida…!
País de limitados recursos mas honrosa história,
berço de alguns dos mais capazes cidadãos do mundo e pátria dum povo cheio de
opiniões e soluções quando a questão em nada nos diz respeito. Contestamos
veementemente as escolhas que outros povos fazem ou criticamos as opções
pessoais tomadas pelos nossos mais bem-sucedidos pares como se uma
nacionalidade comum nos desse esse direito, mas e em relação a quem nos comanda,
porque somos tão permissivos? Como é possível termos confiado tão cegamente nos
nossos líderes, elegendo sucessivos incompetentes que se orientaram financeira
e socialmente relegando para segundo plano a gestão do país, criando leis que
os protegem por completo, e no único acto de que ainda dispomos para demonstrar
que não somos tão estupidamente cegos como insistem em nos considerar, votamos
em quem sabemos de antemão que seguirá a mesma linha de governação?! Alguém
disse que todo o governante é a imagem de quem por ele é governado e pela
passividade que vamos demonstrando, confirmamos que merecemos o que temos, mas
sendo impossível camuflar a nossa tão obvia culpa nas sucessivas escolhas
sufragadas, até quando permitiremos que essa verdade inquestionável mantenha
esse estatuto? O facto de termos exagerado na margem de erro que fomos
concedendo não pode significar que o prazo de reclamação já passou e não há
nada a fazer para o emendar, não é como se as revoltas precisassem de
agendamento prévio ou tivessem prazo de validade. Será que os beneficiados
pelas políticas praticadas são assim tantos, será que os que lucram com a
divisão desigual de dividendos a que este país é sujeito se encontram em
maioria? Só assim se justificaria a permanência das mesmas mentes limitadas e
acomodadas que ocupam ao longo dos anos as cadeiras da nossa assembleia…Ser
responsável pelos desígnios dum país não é profissão a almejar, pelo menos não
num estado idóneo e socialmente justo, tal como o serviço militar, é só um
dever cívico e acima de tudo uma honra poder servir a sua pátria, de
remuneração aproximada aos que os escolhem como representantes, decidida em
referendo nacional, e dada a melindrosa posição, de duração limitada como forma
de protecção perante as tentações que advêm de tal posto.
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